Na
beira do caminho Há momentos na vida
Que sinto vontade de sentar-me
À beira do caminho.
Despercebido de todos
Olhando os que correm
Atrás de ilusões
Os que passam
Curtindo dores.
Os indiferentes
e os ambiciosos.
E eu sozinho
Na beira do caminho
Analisando essa voragem,
Essa correria,
Essa luta
Desse mundo tumultuado
Em que todos correm
E passam
Pelo meio do caminho
Sem sentirem
Sem perceberem
Para onde os leva
Esse caminho.
Talvez à
glória fictícia
Ao prazer efêmero
Às ilusões
Ao Nada.
Plínio
Alvarenga
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Tempo
e lugar Não mais importa onde,
só o que importa é quando:
vai-se o espaço alongando
mas o tempo se esconde.
Suba pedido ou
mando,
na mais copiosa fronde
nem um fruto responde
à hora que está murchando
Sombra no
chão, a vida,
adiada e arrependida,
neste chão entrará.
No quadrante
absoluto
(viagem, asa, minuto)
mais nada é, nem será
Abgar
Renault
11/08/52
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Modinha aguardo o trem
chapéu na mão
sapato polido tal qual ferradura
Terno alinhado, polainas
e um girassol
na lapela
tua memória
escorre
nos banhos quentes de Tebas
cada gota
é uma
sede nova
pausa
pernas
nem
longas
nem
curtas
terminam
em
finos
pés
de |
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os relógios
nadam em
nossos pulsos,
e desaparecem
quando realmente
desejamos |
cristal |
de cristal |
cristal |
Andityas
Soares de Moura
(visitante)
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